Mapoteca histórica do Itamaraty reúne mais de 30 mil mapas do Rio e agora pode ser acessada on-line

  • 20/12/2025
(Foto: Reprodução)
Palácio Itamaraty disponbiliza acervo de mapas e imagens do Rio Antes do GPS, dos aplicativos de celular e das imagens de satélite, era por meio de mapas, cartas náuticas e desenhos que o mundo era compreendido. Um acervo que ajuda a contar essa história acaba de ficar mais acessível ao público: a Mapoteca Histórica do Itamaraty, no Rio de Janeiro, agora tem parte do material disponível on-line. São mais de 30 mil itens, entre mapas, atlas, cartas náuticas, fotografias e imagens históricas da cidade, que permitem uma verdadeira viagem no tempo. Em fotos, desenhos e mapas antigos, é possível acompanhar a transformação da cidade ao longo dos séculos. O acervo pertence ao Ministério das Relações Exteriores e reúne documentos que ajudam a entender não só a formação do Rio, mas também do Brasil. “A mapoteca abarca todo esse repertório, começando com manuscritos do início do século XVI até cartas muito detalhadas e impressas do século XX”, explica o bibliotecário Lucas Figueiredo. Entre os destaques está um dos primeiros mapas que colocaram o Rio de Janeiro no mapa do mundo. Nele, já é possível identificar uma das primeiras representações cartográficas da costa fluminense. “É uma reprodução de época, de 1933, baseada em um mapa original de 1513. O Oceano Atlântico aparece no centro, com linhas que representam as rotas das grandes navegações”, detalha Figueiredo. Mapa que colocou o RJ no mapa do mundo Reprodução/TV Globo Baía de Guanabara, conventos e ataques franceses Desenho da Baía de Guanabara na visão dos primeiros exploradores Reprodução/TV Globo O acervo também guarda representações da Baía de Guanabara feitas pelos primeiros exploradores, mapas com legendas em outros idiomas, como o turco, e documentos raros do século XVIII. Um mapa de 1750, por exemplo, mostra a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro e as transformações ocorridas durante o governo de Gomes Freire. Nele aparecem igrejas, conventos e edificações que ainda fazem parte da paisagem carioca, como o Convento de São Bento, o Convento de Santo Antônio e a região da atual Praça XV. “Há muita história em cada mapa”, resume o bibliotecário. Um dos documentos faz referência, inclusive, aos ataques franceses de 1711 ao Rio, em um esquema cartográfico produzido pelo próprio Barão do Rio Branco, patrono da diplomacia brasileira e grande colecionador de mapas. Patrimônio em revitalização e acesso digital O complexo do Itamaraty, no Centro do Rio, está fechado ao público por passar por um amplo processo de revitalização, que deve durar mais dois anos. Além da reforma das edificações, o projeto inclui o tratamento de mais de 2 mil itens do acervo histórico. Parte desse material já está disponível na internet, em um catálogo ilustrado aberto ao público, que permite observar detalhes de mapas e fotografias antigas da cidade. As imagens revelam um Rio muito diferente: a Enseada de Botafogo sem avenidas largas nem prédios, a Rua Direita — hoje Primeiro de Março — ainda com charretes, e a antiga Avenida Central, que passou a se chamar Avenida Rio Branco em 1912, em homenagem ao Barão do Rio Branco. Para os responsáveis pelo acervo, a digitalização vai além da preservação histórica. “Esses mapas ajudam a compreender um território tão desafiador. A partir dessa compreensão, conseguimos projetar o Rio do futuro. Por isso é tão importante preservar e dar acesso a esse conhecimento”, afirma Lucas Figueiredo. O acervo está disponível no link. Acervo da mapoteca do Palácio Itamaraty, no Rio Reprodução/TV Globo O bibliotecário Lucas Figueiredo, do Palácio do Itamaraty Reprodução/TV Globo

FONTE: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2025/12/20/mapoteca-historica-do-itamaraty-reune-mais-de-30-mil-mapas-do-rio-e-agora-pode-ser-acessada-on-line.ghtml


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